quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Os Puritanos

Um segundo grupos de colonos estabeleceu a Colônia da Baía de Massachusetts em 1629. Este grupo foi o dos puritanos, que buscava reformar a Igreja Anglicana através da criação de uma nova e pura igreja no Novo Mundo. Esta expedição consistiu-se em 400 puritanos, convocados pela Companhia da Baía de Massachusetts. Em dois anos, outros dois mil puritanos desembarcaram na América, em ondas sucessivas de imigração conhecidas como a "Grande Migração". No Novo Mundo, os puritanos criaram uma sociedade profundamente religiosa, mas politicamente inovadora, que ainda perdura atualmente nos Estados Unidos.
Acredita-se popularmente que os puritanos vieram para a América buscando por liberdade religiosa, embora um termo mais correto seria "dominação religiosa". Eles esperavam que o Novo Mundo fosse uma "nação de redenção". Embora os puritanos tivessem fugido da repressão religiosa na Inglaterra, eles não pretendiam estabelecer tolerância religiosa no Novo Mundo. A sociedade ideal dos puritanos era o de "uma nação de santos", ou de "uma cidade acima de uma colina", uma sociedade profundamente religiosa que serviria como um exemplo para a Europa a estimular a conversão em massa para o puritanismo. Por exemplo, o teólogo Roger Williams veio para Massachusetts para pregar tolerância religiosa, separação da Igreja e Estado, e um completo corte com a Igreja Anglicana. Por estas ações, Williams foi banido de Massachusetts. Ele saiu de Massachusetts e fundou a Colônia de Rhode Island, que rapidamente tornaria-se um grande centro de atração para pessoas que buscavam completa tolerância religiosa, inclusive pessoas fugindo do puritanismo de Massachusetts. Outro exemplo importante é Anne Hutchinson, que praticava o antinomianismo, onde a interpretação pessoal de todas as pessoas das palavras de Deus eram iguais. Como Williams, ela acreditava em tolerância religiosa e liberdade de pensamento. Por ações, ela foi obrigada a exilar-se em Rhode Island.
Como sua natureza religiosa, a estrutura política das colônias puritanas é frequentemente mal-entendida. Oficiais eram eleitos pela comunidade, mas apenas pessoas brancas do sexo masculino, membros de uma igreja congregacionalista podiam votar. Da perspectiva atual de democracia americana, a sociedade puritana não é uma democracia. Oficiais não tinham nenhuma responsabilidade com a comunidade - sua função era servir Deus através da administração da comunidade. Porém, também não era uma teocracia - ministros congregacionalistas não tinham poderes especiais no governo. Segundo padrões atuais de política da Europa, as colônias puritanas eram politicamente liberais - mais do que qualquer país europeu em tempos atuais. Por isto, a estrutura política da sociedade puritana pode ter assumido a forma de uma democracia, com ênfase na virtude cívica que caracterizaria a sociedade americana pós-revolucionária.
Socialmente, a sociedade puritana era conservadora. Ninguém podia viver sozinho, por medo que suas tentações levassem a uma corrupção moral de toda a sociedade puritana. Porque o casamento geralmente ocorria dentro da localização geográfica da família, dentro de várias gerações diversas "cidade"s pareciam mais clãs, compostos por várias grandes famílias inter-casadas. A força da sociedade puritana refletia-se em suas instituições - mais especificamente, suas igrejas, sedes de município e força militante. Esperava-se de cada membro da comunidade puritana participação nestas três organizações, assim garantindo a segurança moral, política e militar de sua comunidade. Embora alguns caracterizem a força da sociedade puritana como repressiva, outros crêem que a sociedade puritana é a base dos valores americanos, em virtude cívica, e uma base essencial ao desenvolvimento da democracia.

Postado por: Nathan, Lucas P., Pedro H. e Pedro M.

Fonte:pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_colonial_dos_Estados_Unidos

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